Fazer cada edição da Scarium para mim é algo especialíssimo e também muito gratificante. Dá um grande trabalho produzir cada página!
Tudo começa ao receber as contribuições dos escritores, cobrar prazos do envio de materiais como artigos e resenhas, procurar um ilustrador para a capa, tarefa nada fácil! Mandar os textos para a revisão, muitas vezes ingrata, pois por maior que seja o esforço voluntário, sempre passa erros.
Editorar os textos de uma forma que agrade não só o leitor mais também o autor, pois temos que tentar ao máximo manter os negritos, itálicos e sublinhados da vida.
Por fim, o envio do material para a gráfica, esperar os prazos e os atrasos, conferir se está tudo em ordem página por página, tarefa enfadonha, que às vezes acaba passando “batida” por causa da pressa de ter os exemplares circulando. Com os exemplares na mão, agora vem a tarefa da distribuição, assinantes, compra nos sites, exemplares de divulgação, colaboradores etc...
A distribuição é uma peça importante. A responsabilidade de fazer os exemplares chegar a mão dos leitores, que nem sempre chega. Pois é! Há casos do envio ser feito até 4 vezes para o mesmo leitor, pois o endereço está errado, ou os correios resolve não achar o leitor, ou o leitor mora em área onde os correios não atende, o vizinho que fica com a revista, ou a esposa que resolve dizer que o leitor não mora naquele endereço, ou simplesmente, os exemplares desaparecem num buraco negro, ou em um universo alternativo, onde deverá estar todas as revistas do mundo que evaporam da superfície da terra.
Fazer uma edição eletrônica é muito mais fácil, pois as duas etapas finais, gráfica e distribuição não existem, ou melhor, gráfica não existe e a distribuição é feita pela internet, muito mais fácil, basta clicar e fazer o download. Eu sei que este é o futuro, e que provavelmente, a Scarium irá se desintregar neste mar digital. Não estou falando contra as edições eletrônicas.
Por hora, estamos firme e forte na empreitada, pois enquanto tivermos um número considerável de assinantes, compradores e colaborados vamos providenciando cada número. A Scarium está de pé e a cada edição cresce o número de assinantes, ou ora, se mantém estável, por isso acho que ainda terá uma vida longa, talvez mais 6 anos ou quem sabe 10 anos. O leitor que vai decidir.
Marco Bourguignon
editor